Comerciante que matou merendeiro em 4-Bocas é transferido para presídio de Tomé-Açu
- Folha Notícias
- 12 de jul. de 2022
- 2 min de leitura
Ele aguarda, agora, os procedimentos da Justiça

Chegou ontem, segunda-feira, 11 de julho, a Tomé-Açu, transferido de Marabá, o comerciante Flávio Pimentel Wanzeler, 46 anos, acusado de matar a tiros o vendedor de merenda Elias Miranda de Oliveira, no centro comercial de Quatro-Bocas. Ele ficará preso no Centro de Recuperação e Ressocialização de Tomé-Açu (CRRTA).
O assassinato ocorreu em 18 de fevereiro deste ano, quando, após desentendimento entre Flávio e Elias, o primeiro acabou sacando de um revólver e disparando contra o merendeiro, acertando-o com três tiros.

O comerciante chegou a se apresentar na Delegacia de Policia de Tomé-Açu, para prestar depoimento ao delegado Bernardo Araújo Diniz, quando entregou a arma ao delegado. Ele foi liberado em seguida porque, de acordo com o seu advogado, o Código de Processo Penal garante ao réu o direito à liberdade, quando este se apresentar espontaneamente, principalmente quando o período do flagrante já estiver passado.

Mas o juiz da Comarca de Tomé-Açu, José Ronaldo Pereira Sales, teve outro entendimento e, seis dias depois, em 25 de fevereiro, decretou a prisão de Flávio. Policiais Civis estiveram nesse dia, na casa do acusado, e no estabelecimento comercial dele, para cumprir o mandado de prisão, mas não o encontraram.

A partir daí Flávio passou a ser considerado foragido e os dados dele foram colocados no sistema estadual de “procurados”. Dessa forma, foi possível localizar o comerciante no sudeste do Pará, depois de ter sido feita a reconstituição dos passos que ele dava e os caminhos por onde percorria. Ele usava chips de telefonia celular para se comunicar com outras pessoas, e os descartava em seguida, para não deixar pistas de sua localização.

Mas os equipamentos modernos da Polícia paraense foram capazes de mostrar a localização exata de Flávio. No dia 19 de maio ele foi visto em uma rodoviária do município de Parauapebas, quando foi capturado pela polícia e transferido para uma delegacia de Marabá, onde permaneceu até ontem (11).

Pena
Flávio aguarda os encaminhamentos da Justiça local. A pena para o homicídio simples é a reclusão de seis a vinte anos, a pena para o homicídio qualificado varia entre 12 e 30 anos. No entanto, no momento de calcular a pena, o juiz avalia a conduta social e a personalidade do réu, assim como os motivos, as circunstâncias e consequências do crime, além do comportamento da vítima. O juiz observará se o acusado já cometeu algum crime antes. Mas a primariedade não reduz, necessariamente, a pena do crime. O que pode acontecer é o réu receber a pena mínima, por exemplo, considerando que é primário.

Da redação
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