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Tomé-Açu no centro da corrupção de Ananindeua

  • Foto do escritor: Folha Notícias
    Folha Notícias
  • 6 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de ago.

Prefeito Daniel Santos foi afastado

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O Ministério Público pediu, na terça-feira (5) a prisão do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, por obstrução do processo que apura corrupção em licitações do município. A Justiça, entretanto, negou o pedido e optou por afastar o gestor, por seis meses, de suas funções da Prefeitura.

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De acordo com o promotor de Justiça, Arnaldo Azevedo, em entrevista coletiva após as buscas e apreensões, tudo aconteceu por causa de uma fazenda localizada em Tomé-Açu, que o acusado Daniel teria comprado.

A fazenda foi adquirida há 5 anos de uma empresária rural, no valor de R$ 16 milhões. O pagamento seria feito em três vezes, com uma entrada no ato da entrega da chave da porteira, conforme revelou o repórter investigativo Adriano Wilkson, em seu blog. Daniel, no entanto, começou a atrasar o pagamento das parcelas e tampouco recebia ou atendia o telefone da fazendeira.

Foi aí que entrou no jogo o empresário Danilo Linhares, proprietário da empreiteira Edifikka, que tem contratos com a prefeitura de Ananindeua. Danilo efetuou pagamento para um concessionária de veículo, onde a fazendeira havia comprado alguns carros. De acordo com o que Wilkson apurou, essa foi a forma que Danilo encontrou para pagar a dívida de Daniel com a fazendeira.

A fazendeira afirmou ao Ministério Público, em 27 de março desse ano, que tão logo o Danilo efetuara o pagamento à concessionária, o Daniel enviou mensagens via whatsapp para ela, confirmando o pagamento de parte das parcelas. Mas isso não resolveu o problema do pagamento, pois, em seu depoimento, a fazendeira informou que Danilo condicionou a liberação da carta de cessão (pagamento efetuado à concessionária) somente após o prefeito recebê-lo em audiência, para acertar pagamentos da Prefeitura, com a Edifikka.

Esse depoimento, informou o MP, teria provocado o descontentamento de Daniel Santos. “Essa senhora nos procurou para dizer que havia sido abordada pelo gestor, (que teria dito que) para que ela recebesse o restante do valor da fazenda teria que mudar o depoimento e ela se negou a fazer”, disse Azevedo.

Entendendo que Daniel estava interferindo na investigação, o MP pediu a prisão dele, negada pelo Tribunal de Justiça, que preferiu afastá-lo por seis meses da função de gestor.

Um grupo do Gaeco esteve nessa fazenda de Daniel, em Tomé-Açu, de onde levou máquinas e tratores.

Se não houver mudança no processo, Daniel voltará para a Prefeitura somente em fevereiro de 2026. Caso decida disputar o cargo de governador, deverá se desincompatibilizar em abril do próximo ano. Ou seja, governará apenas por cerca de dois meses: fevereiro e março de 2026.

Nas redes sociais, Daniel Santos informou que a investigação é ‘perseguição política’ em decorrência de sua candidatura a governador.

Atualização: na noite de quarta-feira, (6), Daniel foi reconduzido ao cargo em decisão do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça. O ministro reconheceu a gravidade dos fatos, mas considerou o afastamento uma medida desproporcional.

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